Em Construção:

Blog em construção, temas sendo incluídos conforme propostas de Atividades Universitária do Curso de Licenciatura em Pedagogia - Início em 2013

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Pedagogos Porquê, para quê? Libâneo



Pedagogia e Pedagogos para quê ?


 Para quem ainda se encontra perdido no mundo da Pedagogia,
um livro de José Carlos Libâneo, com textos que sugerem 
respostas à pergunta do título Pedagogia e Pedagogos para quê?
 Editora Cortez,que trata do assunto posicionando a especificidade
 dos estudos pedagógicos, sua sistematização num curso universitário
 e a importância da existência de um campo bem definido de exercício 
 profissional.

  Definindo a Pedagogia como ciência prática que investiga a natureza,
 as finalidades e processos da formação humana numa sociedade determinada,
 de modo a explicitar objetivos e propor meios apropriados de intervenção 
metodológicas e organizativa nos vários âmbitos em que a práticas educativas
 acontecem, buscando dar sentido e unidade aos diversos enfoques parciais 
do fenômeno educativo ( o sociológico, o psicológico, o econômico etc.)

  Tratando do objeto de estudo da Pedagogia
 - a prática educativa- e sua relação com as
 demais ciências humanas, da estrutura do
 conhecimento pedagógico, das questões da 
identidade profissional e da formação do
 pedagogo e da importância da Pedagogia 
no contexto das  novas realidades econômicas,
 políticas e culturais do mundo contemporâneo.

Quem é José Carlos Libâneo:



    José Carlos Libâneo é doutor em Filosofia e História da Educação
 pela PUC de São Paulo. Nasceu em Angatuba, Estado de São Paulo, em 1945.
 Graduou-se em Filosofia da Educação também na PUC-SP. Na capital paulista,
 foi diretor de uma escola publica experimental, colaborou em projetos da Secretária
 Estadual da Educação e lecionou em instituições do ensino superior.
 Em Goiânia, desde 1973, fundou e dirigiu o Centro de Treinamento
 e Formação de Professores, da Secretária da Educação. Foi professor da
 Universidade Federal de Goiás, onde se aposentou como Titular.
Atualmente é docente na Universidade Católica de Goiás.Publicou livros ,
 pesquisas e artigos em revistas especializadas sobre temas de Teoria da Educação,
 Didática e Organização Escolar.

                                                                                                       REFERÊNCIAS:
Livro Pedagogia e Pedagogos para quê?
 José Carlos Libâneo, Editora Cortez
,São Paulo,2010.12° Edição.
https://sites.google.com/a/aedu.com/pedagogiadoeducador/pedagogia-e-pedagogos-para-que

David Garrett - Viva La Vida

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Frase de Bertrand Russel





  

  







Psicanálise e Bullying - Duas questões da disciplina Psicologia da Educação 2°Semestre 2013

1)Discorra sobre o objeto de estudo da psicanálise, dando uma conceituação teórica

e um exemplo de como isso ocorre ? (15 a 20 linhas)



   Psicanálise é um campo clínico e de investigação teórica da psique humana

independente da Psicologia, este método é utilizado para a compreensão e análise do

homem, compreendido enquanto sujeito do inconsciente, abrangendo três áreas:

● um método de investigação da mente e seu funcionamento;

● um sistema teórico sobre a vivência e o comportamento humano;

● um método de tratamento psicoterapêutico.(um tipo de terapia usado com a

finalidade de tratar problemas psicológicos tais como depressão, ansiedade,

dificuldades de relacionamento e problemas de saúde mental)

 Essencialmente é uma teoria da personalidade e um procedimento de

psicoterapia; a psicanálise influenciou muitas outras correntes de pensamento e

disciplinas das ciências humanas, gerando uma base teórica para uma forma de

compreensão da ética, da moralidade e da cultura humana.

 EXEMPLO:

   O interior do homem é habitado por uma série de sentimentos e de desejos que

ele e a sua consciência desconhecem por completo.

 Estes sentimentos, desejos e fantasias desconhecidos do próprio homem

permanecem no que o médico Sigmund Freud chamou de “mente inconsciente” e só

podem ser acessados por meio dos sonhos e da análise dos sintomas.

   Ou seja, quando uma pessoa chega ao consultório de um analista queixando-se de

um sintoma ou lhe fazendo uma queixa, na verdade, ela não sabe realmente o que se

passa com ela. Ela só tem acesso à ponta do iceberg, que é o que ela sente, mas o

poderoso jogo entre forças repressoras e o conteúdo reprimido não pode ser acessado,

porque tudo isso permanece em seu inconsciente.

   E é exatamente aí que atuará o psicanalista, este profissional habilitado a transformar

a linguagem do inconsciente em algo consciente para o sujeito. Com este trabalho, a

pessoa vai podendo ampliar sua consciência sobre si mesma e conquistar um sentido

de vida mais autêntico.





2)De acordo com a entrevista da psiquiatra Dra.Ana Beatriz Barbosa Silva , onde ele fala sobre


transtornos mentais,qual o seu ponto de vista referente ao bullying e como um


educador pode agir para amenizar a situação na infância evitando que isso se torne um


transtorno na vida adulta?

  No Brasil, o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa indica a palavra bulir como equivalente a mexer com, tocar, causar incômodo ou apoquentar, produzir apreensão em, fazer caçoada, zombar e falar sobre, entre outros. Por isso, são corretos os usos dos vocábulos derivados, também inventariados pelo dicionário, como bulimento (o ato ou efeito de bulir) e bulidor (aquele que pratica o bulimento).


 De acordo com a Psiquiatra Dra. Ana Beatriz  Barbosa Silva, na década de 80 começa a ser estudado ao fenômeno de agressores  e maus tratos no ambiente escolar.  Dr. Dan Olweus, começa a fazer uma pesquisa profunda e utiliza para designar toda a agressão que ocorre no território escolar, ele utilizou a palavra  “BULLY” termo inglês que significa tirano, agressor, ditador.
 NA  Noruega,depois de um suicídio de três alunos  1981,  onde foi deixado uma carta acusando cada nome que os perseguia, chocando assim professores e responsáveis em todo o mundo, surge a necessidade de investigar e pesquisar esse fenômeno.
  Quem sofre bullying têm que observar  três características : Se é  intencional, repetitivo, a vitima não tem como fazer frente com o agressor ou seja está sempre em desvantagem, não tem como se defender( ou pelo hierarquia ou pelo tamanho, no caso de serem crianças).
  O líder do bullying tem características  de  manipulador, tem várias personalidades,  usa a mentira  com facilidade, comanda o grupo sobe ameaça (ou seja, as pessoas que estão em seu grupo geralmente é por medo de ser agredido também e não pela amizade do líder), é tirano, tem uma inteligência emocional grande, usando á seu favor e deixando em desvantagem sempre quem está ao seu redor.
 No meu ponto de vista diante desta situação analítica da Psiquiatra vejo que o agressor é uma pessoa que sofre um transtorno mental muito grande, ou ele se acha o melhor entre os demais, ou ele tem uma baixa alto estima e sente a necessidade incontrolável de agredir ou humilhar as pessoas que o cerca.
 Não percebe a dimensão da gravidade, portanto, não tem amigos verdadeiros, ficando isolodado no mundo em que criou, usando estes ataques para chamar a atenção e persuadir pessoas que não conseguem defender-se.
 Um educador  ou o responsáveis da criança agredida amenizar ou evitar estas ocorrências, devem observar sintomas decorrentes deste ataques, como a síndrome do domingo, no domingo a noite começa à falar que esta enjoado, com insônia, com dor, dando desculpas esfarrapadas para não ir á escola, observar se na escola ele(a) está amuado, triste, deprimido, chorando por qualquer motivo ou tendo explosões de raiva sem motivos aparentes, se não recebe convite para ir a festas de aniversários de amigos, se é excluído dos grupos de trabalho em classe e em esportes na educação física ou festas temáticas da escola.
  Também o profissional junto com os responsáveis pela criança cuidar de abolir totalmente as formas de trotes, chacotas e apelidos que muitas vezes parte dos próprios educadores no ambiente escolar, erradicando por vez toda forma ou princípio para uma suposta continuidade de agressão. Lembrando que o agressor é observador e oportunista e se aproveita das brechas que aparentemente não significa nada para quem está apenas "brincando".
  Utilizar dos recursos de apoio como reuniões de país, coordenadores pedagógicos da escola, e até mesmo o conselho tutelar e a  promotoria da infância.
   Treinando os olhos para aquilo que queremos enxergar, pois não podemos ver aquilo que não estamos aptos para ver; ou seja; a observação e anulação no começo das agressões são fundamentais para expor o agressor e propor um tratamento psicológico para ambas as partes.




 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS




ENTREVISTA PROGRAMA JÔ SOARES .Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=RpFlTNY3UHA&feature=c4-overview-vl&list=PLEFF5B8303A2C022B Acesso em 05/12/2013.



Psicanálise: Slides Professor Eliezer Pereira Santos , 2°Semestre  12/2013

Psicanálise: Disponível em:http://pt.wikipedia.org/wiki/Psican%C3%A1lise acesso em 05/12/2013.


Bullying:Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Bullying \Acesso em 05/12/2013.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Filosofia de Vida

 Uma Crônica bem interessante que expressa uma realidade hoje vivida por muitas empresas que já aderiram o novo profissional do mercado de trabalho.



Crônica
Nova geração

Por Ivan Angelo | 27/10/2010
    

O rapaz chegou para a entrevista. O executivo de vendas on-line da grande empresa levantou-se para apertar sua mão, com aquela simpatia que os executivos de grandes companhias exibem quando querem transmitir acolhimento e calor humano. Aproveitou para dar uma geral no rapaz.
Arrumado, mas nada formal, de sapato novo, jeans, camisa de manga comprida enrolada até a metade do antebraço. O detalhe que o incomodou um pouco foi um brinquinho prateado de argola mínima na orelha esquerda. “Nisso dá-se um jeito depois, se valer a pena”, pensou o executivo.
Ele sabia que não estava fácil atrair novos talentos e reter os melhores. Empresas aparelhavam-se para o crescimento projetado do país, contratavam jovens promissores, mesmo os muito jovens, como era o caso do rapaz à sua frente, 21 anos. Elas precisavam estar preparadas para os próximos dez anos de concorrência.
Havia mais de duas horas que o rapaz estava em avaliação na empresa. Passara pela entrevista inicial com o chefe do setor, resolvera os probleminhas técnicos de internet e programação visual que lhe apresentaram, com rapidez e certa superioridade irônica, lera os princípios, valores e perfil da empresa, apresentados numa pasta de folhas de papel-cuchê embutidas em plástico. Alguns itens, como “comprometimento”, foram apresentados como pré-requisitos. Afinal o encaminharam para o diretor da área de e-comerce, vendas pela internet. O executivo tinha em mãos a avaliação do candidato: excelente.
Descreveu o trabalho de que a empresa necessitava: desenvolvimento de um site interativo no qual o cliente internauta pudesse fazer simulações de medidas, cores, ajustes, acessórios, preços, formas de pagamento e programação de entrega de cerca de 200 produtos. Durante sua fala, o rapaz mexeu as pernas, levantou um pé, depois o outro, incomodado. O executivo perguntou se ele se sentia apto.
— Dá para fazer — respondeu o rapaz, movendo a perna, como se buscasse alívio. 
— Posso te ajudar em alguma coisa?
— Vou te falar a verdade. Eu comprei este sapato para vir aqui e ele está me apertando. Eu só uso tênis.
O executivo sorriu e pensou: “Esses meninos...”.
— Quem falou para eu vir fazer esta entrevista, e vir de sapato, foi minha namorada. Porque eu não vinha. Ela falou para eu comprar sapato, e o sapato está me apertando aqui, me atrapalhando.
Nos últimos anos, o executivo vinha percebendo que os desafios pessoais para a novíssima geração eram diferentes, e que havia limites para o que eles estavam dispostos a ceder antes de se comprometer com um trabalho formal.
— Não tem problema. Pode vir de tênis. O emprego é seu.
— Não, obrigado. Eu não quero emprego.
O executivo parou estupefato. O menino continuou:
— Todo mundo foi muito gentil, mas não vai dar. Esta camisa é do meu pai, eu tenho tatuagem, trabalho ouvindo música.
— Então por que se candidatou, se não queria trabalhar?
— Desculpe, eu não falei que não queria trabalhar.
Novo espanto do executivo. Sentia nas falas dele e do rapaz uma dissintonia curiosa. Como ficou calado, esperando, o rapaz prosseguiu:
— É muito arrumado aqui. E eu não quero ficar ouvindo falar de identidade corporativa, marco regulatório, desenvolvimento organizacional, demanda de mercado, sinergia, estratégia, parâmetros, metas, foco, valores... Desculpe, eu não sabia que era assim. Achava que era só fazer o trabalho direito e ver funcionar legal.
O executivo ficou olhando a figura, contando até dez, olhos fixados naquele brinco. O garoto queria ter a liberdade dele, a camiseta colorida dele, o tênis furado dele, ouvir a música dele nos fones de ouvido, talvez trabalhar de madrugada e dormir de manhã. Não queria aquele mundo em que ele mesmo estava metido havia vinte anos. Conferiu de novo as qualificações do rapaz, aquele “excelente”. Ousou:
— Trabalhar em casa você aceita?
— Aceito.
Queria o trabalho, não o emprego. Acertaram os detalhes. Assim caminha a humanidade.




sábado, 5 de outubro de 2013

Gestão,Líderança e Ética



  Assisti este vídeo no Youtube e me inspirei , os conceitos de Idoso e Velho que este grande filósofo "Mario Sérgio Cortella"  fala é maravilhoso, tenho certeza que quem assistir este vídeo terá uma oportunidade de agregar um patamar renovador e muito bem conceituado de cultura, motivação e otimismo.
                                                      Vale a pena  assistir!!!!!

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Imaginação -Como estrelas na Terra


BUM BUM BOLE -  Trecho do filme Como Estrelas na Terra - Toda Criança é especial.
                                       
                                        Esta música mostra uma proposta de Plano de aula de um professor de artes antes de aplicar um desenho livre para as crianças e nos faz refletir sobre este tema ....espero que gostem!

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Imaginação e Intuição!

            " A imaginação é mais importante do que o conhecimento"
                                                                                                                      Albert Einstein



                   Os verdadeiros gênios são as pessoas "criativas" cujas realizações transcendem á sua própria época e cultura.
                    Os primeiro estudiosos do potencial criativo humano acreditavam que havia uma relação direta entre inteligência e criatividade. Hoje, porém, sabemos que existe uma independência relativa entre essas duas características.
                   A cultura é fundamental. O homem que não lê não pensa dizia o jornalista Paulo Francis.
                  Mas a imaginação, que pode ser definida como nossa capacidade de construir com a mente, não é a única forma de aquisição de conhecimentos. Precisamos considerar também a intuição (capacidade de pressentir, perceber, ou discernir) por meio da qual as ideias afloram em nossas mentes sem passar por um tratamento racional.
                  A intuição é tão significativa que muitas das obras  mais bonitas  que a humanidade já criou foram intuídas, como por exemplo  Bíblia, A Cabana do pai Tomás, centenas de títulos de Chico Xavier e de milhares de romances, poemas e canções em todo o mundo.
                 Certa vez, Fernando Pessoa , trabalhando em pé, como de costume, apoiando em uma estante, escreveu cerca de vinte poemas, ininterruptamente, sem fazer correção alguma! Frequentemente, ele próprio se surpreendia com a profundidade dos seus textos. Um dia, refletindo sobre este fenômeno, assim manisfestou:

                   "Por que escrevi isso, onde fui buscar isso, de onde me veio isso, se isso é tão melhor do que eu? Seremos nós nesse mundo apenas de canetas e tintas com que alguém escreve que aquilo nós aqui traçamos?"
                   Podemos perceber  claramente, por meio de suas próprias palavras, que ele tinha plena consciência do teor intuitivo do seu trabalho.
                    Os conhecimentos intuitivos fazem parte da produção cultural da humanidade desde os seus primórdios, mas,somente agora, estamos considerando seriamente essa importante fonte de conhecimentos, buscando abrir ativamente  novos canais de comunicação que nos coloquem em contato uns com os outros, numa verdadeira "Internet mental" .
                          
                                                Referência bibliográfica: Dos Reflexos a reflexão. Wanderley Ribeiro Pires. Editora Komedi,1999.   



Culto a inteligência



               "  Se não posso imaginá-lo, não posso compreendê-lo."
                                                                                              Albert Einstein



     

               As raízes do culto a inteligência estão profundamente cravadas na História da Civilização. Os filósofos da Antiguidade,  defendendo a Aristocracia preconizavam o governo dos que possuíam melhores valores intelectuais, preterindo os músculos a favor do cérebro.O sonho de Platão, de que todos os reis fossem filósofos, não chegou a se concretizar. Mas, desde então, o mundo civilizado passou a ser conduzido pelos homens mais inteligentes. os imperadores guerreiros, homens corajosos e truculentos que combatiam à frente dos seus exércitos , como Gênghis, Khan, Átila, Adriano, Alexandre Magno e tantos outros , foram desaparecendo. A estratégia, a astúcia e o conluio substituíram a força bruta no exercício do poder!

              As civilizações passaram a ser edificadas com a nossa força intelectual e o sucesso de cada indivíduo que deixou o seu nome gravado na História tem sido, normalmente, associado à sua capacidade mental. Os grandes atletas, semideuses nas suas gerações, rapidamente desaparecem nas páginas do tempo! Poucos seriam capazes de citar um grande esportista do século passado. No entanto, nomes como de Sócrates, Aristóteles, Patão, Descartes, Newton, Freud, Einstein e de tantos outros homens mentalmente brilhantes, são bastantes familiares a todos nós.
             Cada pessoa possui um determinado nível intelectual.
             Entretanto, aumentando a bagagem cultural, podemos maquiar as nossas limitações de raciocínio, dado que muitas vezes ainda  confundimos a cultura com inteligência.
               Até o final do Século passado , a avaliação da intelectual  de uma determinada pessoa, não passava de uma impressão subjetiva.
                Nessa época, em Paris, o psicologo frânces Alfred Brinet ( 1857-1911), atendendo a uma  solicitação do governo da França ,desenvolveu com Théodore Simon, um método para identificar crianças brilhantes a fim de lhes dar uma educação especial.
                 O teste em sua versão original , era um conjunto de questões padronizadas que mensuravam a capacidade verbal e matemática das crianças, estabelecendo um valor numérico denominado quociente intelectual (Q.I.).
                 O aperfeiçoamento dos testes pioneiros de Binet Simon resultou nos testes atuais de inteligência.

                O acompanhamento das crianças avaliadas revelou uma excelente correlação entre os resultados e o desempenho na vida escolar. O teste de Q.I. tornou - se então uma coqueluche. Milhões de pessoas, em todo o mundo,passaram a ser classificadas pelo seu nível de inteligência. No entanto, logo começaram a surgir questionamentos sobre  o valor desse procedimento em predizer o sucesso pessoal e profissional dos indivíduos.
                
              Nos anos 30, os questionamentos aos testes de inteligência tornaram- se ainda mais consistentes, não apenas quanto ao seu valor em predizer o sucesso fora dos muros escolares, mas também quanto ao nosso direito de aplica-los .



              Será que é ético ficar medindo o nível intelectual de crianças a fim de classificá-las como normais, deficientes ou superdotadas?
           




Referência Bibliográfica;
Dos reflexos à reflexão .A grande transformação no relacionamento humano. Wanderley Ribeiro Pires

               

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Saber "querer" é o principio do Saber!

               

                                           
                                                      “Não basta querer para mudar o mundo. Querer é fundamental, mas não é  suficiente. É preciso também saber querer, aprender a saber querer, o implica aprender a saber lutar politicamente com táticas adequadas e coerentes com os nossos sonhos estratégicos”.  Paulo Freire (1997)
                                 
                                                                         

                                               A sabedoria


 A filosofia, essa, ensina a agir, não a falar, exige de cada qual que viva segundo as suas leis, de modo que a vida não contradiga as palavras, nem sequer se contradiga a si mesma; importa que todas as nossas ações sejam do mesmo teor.

 O melhor dever -e também o melhor sintoma- da sabedoria é a concordância entre as palavras e atos; o sábio será em todas as circunstancias plenamente igual a si próprio. " mas quem será capaz de atingir um tal nível?" Poucos ,decerto, mas ,mesmo assim alguns! Não escondo que a empresa é difícil; nem te digo que o sábio avançará sempre ao mesmo ritmo, embora o rumo seja sempre o mesmo.

  Autoanalisa-te, portanto, e verifica se há discordância entre a tua roupa e atua casa, se és pródigo para contigo, mas mesquinho para com os teus, se és frugal a tua ceia mas luxuosa a tua habitação. Adota de uma vez por todas uma regra de conduta na vida e faz com que toda a tua vida se conforme com essa regra.

 Há pessoas que  se retraem em casa e que se expandem sem inibições fora dela; semelhante variedade de atitudes é viciosa, é indício de um espírito hesitante que ainda não achou o seu ritmo próprio.

 Posso explicar-te, aliás, donde provém está inconstância, esta divergência entre os propósitos e ações. A causa  é que ninguém fixa nitidamente aquilo que quer nem, se o fez, permanece fiel ao seu propósito, antes pretende ir mais além; e não se trata apenas de  mudar de objetivo, acaba-se por  voltar atrás  e de novo cair na situação anteriormente rejeitada e condenada.

 Em suma, deixando as antigas definições de sabedoria e abarcando numa fórmula todo ciclo da vida humana, acho que seria bastante dizer isto: a sabedoria consiste em querer, e em não querer, sempre a mesma coisa. Não é necessário acrescentar, como condição, que devemos querer o que é justo, porque só é possível querer sempre a mesma coisa se essa coisa for justa.

  Ora sucede que as pessoas ignoram o que querem exceto no próprio momento do querer, ninguém determina de uma vez por todas o que deve querer ou não querer, todos os dias se muda de opinião, mudança por vezes diametralmente oposta; para muitos, em suma, a vida não passa de um jogo! Quanto a ti  mantém fiel ao propósito que  adotaste, e assim conseguirás  talvez  atingir o ponto máximo,  ou pelo menos um ponto tal que  apenas tu compreenderás não ser ainda o máximo.

                                                                                                                Sêneca, Cartas a Lucílio II.20.2-6
                                                                                              Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa;2009.
                                                                                              Trad.:J.A.Segurado e Campos
                                                                                              Revista Pense N°01/setembro 2012