Albert Einstein
Os verdadeiros gênios são as pessoas "criativas" cujas realizações transcendem á sua própria época e cultura.
Os primeiro estudiosos do potencial criativo humano acreditavam que havia uma relação direta entre inteligência e criatividade. Hoje, porém, sabemos que existe uma independência relativa entre essas duas características.
A cultura é fundamental. O homem que não lê não pensa dizia o jornalista Paulo Francis.
Mas a imaginação, que pode ser definida como nossa capacidade de construir com a mente, não é a única forma de aquisição de conhecimentos. Precisamos considerar também a intuição (capacidade de pressentir, perceber, ou discernir) por meio da qual as ideias afloram em nossas mentes sem passar por um tratamento racional.
A intuição é tão significativa que muitas das obras mais bonitas que a humanidade já criou foram intuídas, como por exemplo Bíblia, A Cabana do pai Tomás, centenas de títulos de Chico Xavier e de milhares de romances, poemas e canções em todo o mundo.
Certa vez, Fernando Pessoa , trabalhando em pé, como de costume, apoiando em uma estante, escreveu cerca de vinte poemas, ininterruptamente, sem fazer correção alguma! Frequentemente, ele próprio se surpreendia com a profundidade dos seus textos. Um dia, refletindo sobre este fenômeno, assim manisfestou:
"Por que escrevi isso, onde fui buscar isso, de onde me veio isso, se isso é tão melhor do que eu? Seremos nós nesse mundo apenas de canetas e tintas com que alguém escreve que aquilo nós aqui traçamos?"
Podemos perceber claramente, por meio de suas próprias palavras, que ele tinha plena consciência do teor intuitivo do seu trabalho.
Os conhecimentos intuitivos fazem parte da produção cultural da humanidade desde os seus primórdios, mas,somente agora, estamos considerando seriamente essa importante fonte de conhecimentos, buscando abrir ativamente novos canais de comunicação que nos coloquem em contato uns com os outros, numa verdadeira "Internet mental" .
Referência bibliográfica: Dos Reflexos a reflexão. Wanderley Ribeiro Pires. Editora Komedi,1999.